"providos dos beneficios déla; com o outro Breve expedido em nome do Santo Padre Clemente VII, a 18 de outubro de 1600, para ampliar a dita proibição a todas as dignidades, canonicatos, e prebendas das catedrais, colegiadas, e até as paroquias, e vigararias com cura de almas; com o outro breve expedido em nome do Santo Padre Paulo V, em 10 de janeiro de 1612". E vai daí adiante.
Quanto a D. Antônio, Prior do Crato, se viesse a reinar em Portugal, começaria não com Pombal, mas em 1580 o reinado do Príncipe de Israel. Dom Antônio era filho dos amores do Infante Dom Luiz de Portugal, irmão de Dom João III. O Infante, poeta da Escola de Gil Vicente, foi seduzido pela israelita Violante Gomes, alcunhada a Pelicana. Dom Antônio era, pois, um bastardo, e como tal foi declarado, logo, impedido de suceder no Trono. Os judeus manobraram por tal forma a sentença declaratória, que obtiveram do Papa Gregório XIII um breve declarando-a nula, o que provocou o desespero do Cardial-Rei D. Henrique. O breve alegava que o Infante D. Luiz legitimara seu filho D. Antônio e se casara com a Pelicana. A Nação não reconheceu o breve do Papa, e D. Antônio procurou outros meios de conquistar o Trono. Note-se que as cidades tomadas pelos judeus saudaram Rei a D. Antônio. Setúbal, recebeu-o sob o pálio; Santarém, Lisboa, popular, - pois entre
o povo escondia-se o judeu, e não a Lisboa fidalga, - aclamara-o. D. Violante Gomes era filha de Pero Gomes, que vivia em Évora em 1554. O casamento não se efetuara, apesar do cronista Diogo Paiva de Andrade, sobrinho, asseverá-lo. O príncipe, filho de D. Manoel I, Rei de Portugal; cunhado de Carlos V,