O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

"de cristãos novos e cristãos velhos, sejam logo extraidas do meu real arquivo da Torre do Tombo, e de novo publicadas, e impressas com ésta", etc. E que se continuassem rigorosamente observando "as sábias leis dos senhores Rei Dom Manoel e Dom João III".

Gostamos de nos referir a D. João III, o caluniado pelos liberdadeiros, que nele viram o "homem da Inquisição", aquele que estabeleceu em Portugal o "terrível" tribunal, etc. Esse mesmo Rei é louvado pelo tremendo Pombal, o ministro que restabelecia com mais furibunda energia o ominoso Tribunal contra a Nobreza! E, entretanto, Pombal inquisidor, é o ídolo dos republicanos, dos judeus, dos liberais...

É que há duas inquisições: uma, a legítima à qual recorreram os Templários para que lhes fizessem justiça; outra, a falsa, instrumento do Estado ou poderes ilegítimos.

E D. José, por Graça de Deus Rei de Portugal e Algarves, d'aquém e d'além-mar, em África Senhor de Guiné, e da conquista, navegação comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia, e da Índia, Brasil, etc., como Rei e Senhor Soberano, "que na temporalidade não reconhece na terra superior", etc., etc., numa linguagem olímpica e reboante mandava dar aos judeus a posse de Portugal, o despotismo sobre a sociedade. E, "restituindo-se todas as habilitações, e inquirições ao feliz, e devido estado, em que (com tanto benefício da paz da Igreja lusitana, do sossego público, e da honra, a reputação dos povos destes reinos, e seus domínios), e estiveram por todos os seculos, que precederam as sobreditas sediciosas maquinações", etc. e que não haja interrogatórios sobre

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