O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano

audaciosa psicologia, com que doara os herdeiros dos conquistadores heroicos do "Mar Tenebroso", e das tradições homéricas, que ainda gravavam as fragas graníticas do promontório de Sagres.(2) Nota do Autor

Não paravam aí, porém, os paradoxos, com que a natureza primordiava a conquista da América do Sul, em retificação às cláusulas tordesilhanas.

Pusera ainda a suprema mater, para proteger o povoamento castelhano do vale parano-paraguaio, um empecilho gigânteo, logo em seguida às níveas praias vicentinas. A Capitania de São Vicente, para onde o luso Martim Afonso conduzira o seu pugilo incomparável de aventureiros povoadores, era ao sul a sentinela avançada da gente portuguesa, na luta que esta iria travar para a colonização do continente.

Antes, porém, de poderem os portugueses se apossar das terras dessa capitania mister se fazia galgar a formidável muralha de Paranapiacaba, esse colosso granítico vestido da luxuriante vegetação da mata virgem tropical.

Nem esse obstáculo, porém, era de fazer demorar por muito tempo a invasão portuguesa.

Pelas consequências, muitas vezes, é fácil se conhecer as causas, acompanhando-se um determinado silogismo, em sentido inverso. Disso não é demais se concluir que a capitania vicentina foi nos primeiros anos o repositório da nata da emigração portuguesa quinhentista. Para aí deveriam

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