Ao norte as fronteiras da colônia lusa que, pelas cláusulas tordesilhanas, deveriam passar a leste do curso do Tocantins, foram recuadas até aos sopés andinos. Isso foi realizado pelos bandeirantes Domingos Rodrigues, Pedroso de Alvarenga, Sebastião Paes de Barros, Bartholomeu Bueno, o Anhanguera, e outros, que entraram por Goiás e pelos descobridores do ouro mato-grossense. Iniciaram estes a povoação das bacias do alto Paraguai e alto Madeira. Paulistas eram os seguidores dos Paschoal Moreira Cabral, Fernão Dias Falcão, Miguel Sutil, irmãos Paes de Barros, Antonio Pires de Campos e tantos outros, que no século XVIII, arrancaram à "célula mater" paulistana, a seiva, a energia e a vida para as espalhar pelos socavões auríferos, que desvendaram no longínquo horizonte cuiabano.
O Amazonas não foi conquistado, propriamente, por paulistas, se bem que, já em 1648 a 1652, tivesse o grande Raposo Tavares com sua gente audaz percorrido as suas águas, naquela fantástica correria em busca do ouro, através da América.
Como eu disse, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castela aproveitados para a penetração de suas vastíssimas colônias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos