Os aborígenes, porém, racialmente os absorveram.
No México, na Colômbia ou no Peru, no Paraguai, ou na Bolívia, só vemos traços raciais do americanus. O espanhol aos sul-americanos só deu a língua e a religião. Tudo o mais foi obra do aborígene. Com o português foi diferente. No Norte do Brasil, é certo, o índio preponderou na formação racial, mas da Bahia para o Sul a força étnica do português está evidente.
Em São Paulo, onde está o objetivo deste livro estudar, então o elemento indígena não tinha marca de grande importância, quando nos fins dos oitocentos a onda exótica teve início.
Assim, pois, creio que o português é dos povos da Europa dos poucos que fizeram alguma cousa na zona tórrida e talvez seja dos únicos que se comportam bem em ambientes geográficos hostis.
Creio que o lusitano tenha uma área geográfica de habitabilidade maior que a dos demais povos do seu continente.
Um livro desta coleção denominado Os Africanos no Brasil, do falecido e ilustre professor Nina Rodrigues, tem na sua página 19, uma nota a este respeito muito interessante:
"É a situação da Raça Branca no norte do país. O Dr. José Verissimo (Os Hollandezes no Brasil, Revista do Inst. Archeologico pernambucano, 1901, p. 121) cita esta justa apreciação que ouviu ao escritor holandês Sr. Rijckevorsel; "Se nós (os holandeses) houvéssemos dominado o Brasil, expulsando dele os portugueses, os senhores não existiriam... É que nós não poderíamos viver e prosperar no Brasil. Não suportaríamos o clima, degeneraríamos, à segunda ou terceira geração".
A prova exata disso está em que os holandos não se atrevem a fazer colonização entre os trópicos.