Populações paulistas

Se sob o ponto de vista antropológico, a complexidade é o apanágio do homem civilizado, vivendo em sociedade, outro tanto não se dá no referente à mentalidade.

Esta se unifica em um todo compacto e uniforme. Sob este aspecto São Paulo reuniu todos os elementos de sua população em uma só mentalidade.

Esta é composta em linhas calcadas pelo ambiente político, pelo ambiente econômico, pelo ambiente geográfico, etc.

É porém um todo homogêneo e cimentado por ideias e interesses comuns.

Eis a guerra de 32, que como exemplo de uniformidade de pensar, de unanimidade de sentir, etc., tem a sua continuação nas eleições de 3 de maio de 33.

A esse respeito todos os elementos habitantes do território paulista se bitolam do mesmo modo.

É o velho paulista, cuja ascendência se ilustra nas epopeias do povoamento secular e das bandeiras lendárias; é o paulista de antes de 1888; é o paulista filho de italianos, de espanhóis, de lusos, de nipônicos, de sírios, de teutos, de magiares, de letos, etc.

Todos pensam de uma só forma.

Todos sentem em um só diapasão.

Todos buscam os mesmos caminhos teleológicos. Todos almejam os mesmos ideais.

Aos 7 1/2 milhões de paulistas poder-se-iam repetir as palavras cromwellianas:

"We are all a band of brothers."

São Paulo tem já um bloco de população admiravelmente unido.

Cada vez ele se enrijece mais.

Só não vê isso quem não quer.

São verdades corriqueiras, que todos apalpam diuturnamente. Só faltava alguém que as escrevesse. É o que aí fica, feito em linhas gerais.

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