Populações paulistas

industriais, os quais demandam uma certa educação, cujo nível eles não lograram atingir.

Com isso eles só buscam a luta pelo sustento nos empregos acessórios, de muito menor remuneração, os quais lhes proporcionam uma vida modesta, e lhes aperta os quadros de uma mais rígida economia, suprimindo-lhes muitas necessidades, etc., como lhes diminuindo muitos elementos de sucesso, nos embates diuturnos.

Eles, por isso sofrem mais que os outros e ficam em plano de decidida inferioridade. Isso tudo, conjugado a causas de natureza fisiológica, as quais eu já analisei em outro capítulo deste trabalho, acarreta-lhes uma maior mortalidade.

Nas regiões, onde o latifúndio cafeeiro domina, o negro e o seu mestiço ainda pela sua inércia, e pela sua imobilidade, se apresentam como resíduos das senzalas e dos quadrados do tempo do cativeiro.

Eles aí, também rarissimamente progridem.

Quase sempre são agregados assalariados das fazendas, ganhando por dia de serviço. São carreiros, carroceiros, campeiros, camaradas de turmas, etc.

Só eles trabalham. Suas mulheres ficam em casa, na vadiação sórdida fermentando nos mexericos. Ao contrário disso, os estrangeiros não dão descanso para suas mulheres, que acompanham os maridos na roça, com as enxadas, etc.

Em consequência, os brancos ganham muito mais.

O negro e o mulato poupam a familiagem. Seus filhos, são os moleques arruaceiros das fazendas. Suas famílias, formam o enxame de zangões das vizinhanças da casa de morada do proprietário lavrador, o que recorda os tempos do cativeiro.

Em toda a parte e melânico caminha rápido para o fim. Este em alguns lugares está bem próximo, mas em todos não está longe.

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