Da comparação desses quadros referentes à pequena propriedade no Estado se conclui o seguinte:
A primeira zona, nas redondezas da Capital, avulta mais a divisão da propriedade em lotes de menos de dez alqueires. São as pequenas chácaras, as hortas, as floriculturas e a jardinagem em redor da grande urbs.
As terras são iguais em toda parte dessa zona; as matas estão já derrubadas, o terreno está desbravado; existem estradas de rodagem por toda parte.
Há em virtude disso tudo, maior aproveitamento das terras. A população aí se adensa mais. Não é, porém, a parte mais nacionalizada do território paulista.
Por aí há muito português, muito japonês, muito italiano, etc., a exercer a cultura intensiva do que de ordinário se chamam quitandas.
Muito contemporaneamente estão se introduzindo as criações de aves, de pequenos animais, etc.
Essa zona é mais um reflexo da Capital. É uma consequência obrigatória do impulso formidável tomado pelo grande centro paulistano.
Com o crescimento da cidade essas vizinhanças irão paulatinamente se deixando engolir pelos tentáculos urbanos. São os tramways da Light, são os loteamentos, os terrenos vendidos a prestações, os arruamentos, a indústria em estendimento na busca de terrenos mais baratos para neles se estabelecer, etc. As habitações suburbanas de operários estiradas pelas linhas de ferrovias, etc.
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A zona número dois já é muito diferente. Não são as propriedades de menos de dez alqueires que exercem uma supremacia estatística esmagadora.