possui menos capacidade de assimilação que o negro africano, a intrusão do europeu como indivíduo condutor nas comunidades culturais índias. Esta intrusão cultural é favorecida pelo efeito destrutivo que, encarado biologicamente, o homem branco exerce sobre o índio.
Os índios, em geral, não se deixaram escravizar como os negros: ou opuseram resistência, sendo então exterminados, ou sucumbiram às condições alteradas da vida. Não têm a fertilidade do negro; e o pequeno número de seus filhos diminui ainda mais ao contato com os europeus. O europeu não é capaz de aclimar-se na África Central, podendo já por isso, como indivíduo, exercer lá apenas um papel efêmero. Na América do Sul, porém, criou para si uma nova pátria, povoando cada vez mais com seus descendentes este continente. Enquanto aqui o número dos seus cresce e o dos índios, pelas razões mencionadas, diminui, absorve o europeu os índios também pelo sangue. Na África Central, porém, misturas de sangue importantes entre ele e os negros nunca se realizaram.
Embora a mudança de cultura só depois de acabar possa ser determinada como parcial ou total, e embora pudéssemos observar só uma das suas fases em cada vez, entre as tribos especialmente estudadas no presente trabalho, já estamos habilitados a concluir que estas tribos perderão também completamente a sua própria cultura, se a sua relação com os brancos for permanente. Conclusão é essa que se tira da analogia de situação na qual estas tribos atualmente se encontram, com a situação do