com seu próprio partido, se não quisessem ir além da lei de 28 de setembro.
Profetizou:
"Neste ponto faço uma aliança com o futuro. Cada ano será uma vitória das nossas ideias, e, daqui a dez anos, a sessão de hoje há de aparecer como um desses exemplos históricos das divisões, dos temores e receios dos homens que receiam sempre das grandes medidas salvadoras, que transformam a face do país".
Perorou:
"A despeito de todas as resistências do Governo, da Câmara dos Deputados e do Senado, unidos contra nós; a despeito da conspiração de todos os interesses criados pelo trabalho do próprio escravo contra sua liberdade, uma ação mais poderosa, que é a atração do país pelas grandes forças morais do nosso século, há de fazer que um dia essa mesma lei diga aos homens que hoje sustentam a escravidão e não querem que se lhe toque com receio de que sem ela o país sucumba: não há mais escravos no Brasil".
Ouviram-se ruidosos aplausos nas galerias, os primeiros com que foi saudada, no recinto do Parlamento, a ideia abolicionista.