A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

Estava no poder o ministério de 28 de março, presidido pelo senador José Antonio Saraiva, que francamente dissera, ao assumir o poder, ser sua principal preocupação a "reforma eleitoral", que Sinimbú não lograra levar a termo.

A 24 de agosto, pediu Nabuco fosse consultada a Câmara se concedia urgência para, no próximo dia 26, ser fundamentado um projeto sobre a extinção completa do elemento servil. Desprevenida, concedeu a Câmara a urgência. Por indiscrições jornalísticas se soube que um dispositivo do projeto determinava a abolição total no prazo de dez anos. Manifestou-se simpática uma parte da imprensa.

Alarmou-se, então, o Governo e resolveu burlar a apresentação do projeto, promovendo falta de número no dia aprazado. Não conseguiu, porém, impedir que, a 30, pronunciasse Nabuco o primeiro dos seus formidáveis discursos parlamentares, de cunho radicalmente abolicionista.

Interpelando o leader da maioria, Martinho Campos, protestou contra o abafamento, e proclamou que nada modificaria a sua atitude, pois estava disposto a romper com o Gabinete e