A educação pública em São Paulo

alguns anos, desde 1916, e da literatura e língua latina de que exercia o magistério na antiga Escola Normal de São Paulo.

Todas essas razões com que me obrigava a consciência a declinar do convite para organizar e orientar inquérito de tal vulto, anularam-se diante da vontade resoluta dos diretores d'O Estado a cuja confiança afinal era preciso corresponder. Certo, o que me pediam era quase um "milagre de improvisação". Desses de que só os jornalistas têm o segredo... O que dei, foi tudo o que podia dar um homem a quem "nada do que é humano, é estranho", mas que, conservando-se notoriamente inacessível, desde a mocidade, às paixões e às parcialidades políticas, se habituara a observar e a refletir para opinar e a escrever com inteira liberdade de juízo e de crítica. Não houve oportunidade que não buscasse para me informar sobre o assunto, nem livro, ao alcance da mão, que não lesse para dominar a matéria. Um mês depois começava esse vasto inquérito que se desenvolveu por quatro meses a fio. Mas, quando julgava por terminada a minha tarefa na educação, recebia em janeiro de 1927 o honroso convite do Dr. Antônio Prado Júnior, no governo do eminente brasileiro Washington Luiz, para exercer, no Rio, o cargo de diretor geral da Instrução Pública, pelo qual haviam passado figuras ilustres. O Estado de S. Paulo foi, assim, a escola em que me preparara para tão alta função pública e somente ao ser provido no cargo é que avaliei, em todo o seu alcance, os serviços inestimáveis desse contato

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