a que me forçou a profissão de jornalista, com os fatos e os problemas de educação.
A reforma do ensino, no Rio, dentro das linhas gerais que já se esboçavam nesse inquérito, absorveu-me durante todo um quatriênio, e, dois anos depois da revolução de 30, era provido, em janeiro de 1933, em igual cargo de diretor geral da Instrução Pública, em São Paulo. Se a literatura ganhou um crítico literário a menos, lucrou certamente a educação um trabalhador a mais... Desde 1926 até hoje, sem interrupção de um dia, toda a minha atenção se fixou e se concentrou sobre os problemas da educação nacional, que me acostumei a examinar, não simplesmente nos seus aspectos técnicos, e do ângulo de observação que fornece o trabalho especializado ou pedagógico, mas de todos os pontos de vista de que pode ser apreciada a questão, entre todas, fundamental da organização espiritual, cultural e técnica de uma nação. No inquérito para O Estado, em 1926; nas conferências e discursos que pronunciei na memorável campanha da reforma, no Rio de Janeiro (1927-1930); no manifesto em que os pioneiros da educação nova se dirigiram ao povo e ao governo e que me coube redigir (1932); na elaboração do anteprojeto do Plano Nacional de Educação e do capítulo da Constituição, sobre Educação e Cultura, de que participei na quinta Conferência Nacional, de Niterói (dezembro de 1932); nas reformas que se consubstanciaram no Código de Educação, de São Paulo (1933); na organização do plano da Universidade de São Paulo (1933-1934) e, afinal, nas conferências e discursos proferidos de 1933 a