A educação pública em São Paulo

prolixo, — que não passavam de fantasias ou de ilusões, cultivadas por ignorância ou por essa resistência à inovação, que é um fato normal e tão constante, nas sociedades humanas, como as tendências renovadoras. É muito mais fácil e cômodo acompanhar e repetir do que abrir caminho e criar; e, para aqueles que têm da vida e da educação uma ideia mesquinha ou se cristalizaram em concepções e formas antigas, não podiam deixar de lhes encher as medidas as instituições modeladas segundo essas ideias ou cortadas por esses figurinos de museu...

O título com que sai pela primeira vez publidado em volume este inquérito, será um pouco modesto. A esses estudos não descabia porventura título mais amplo, como A Educação Pública no Brasil, que me sugeriram e estive a ponto de lhes dar. Mas se é verdade que a maior parte das críticas se ajustavam, como uma luva, à instrução pública, no país, e, de fato, se dirigiam ao governo federal, a que competia privativamente legislar em matéria de ensino secundário e superior, a insuficiência de elementos sobre o ensino nos outros estados, em contraste com a abundância de informações sobre São Paulo, aconselhou-nos a manter, por mais exato, o título primitivo. O volume interessa, porém, a todo o Brasil, e especialmente às novas gerações que procuram adquirir uma consciência mais nítida da realidade brasileira e, lançando os olhos ao largo e ao longe, se preparam para a grande obra de reconstrução nacional. É a elas especialmente que nos dirigimos, divulgando opiniões dignas de exame, sobre o grande problema, cujo debate abriu oportunidade

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