A educação pública em São Paulo

já se transformaram numa esplêndida realidade; mas outras, como, por exemplo, as relativas ao ensino secundário, apesar de várias tentativas feitas com seriedade, mas sem êxito, ainda não se incorporaram entre as conquistas práticas destes últimos anos. Algumas críticas, modeladas à feição de artigos de combate, de tal maneira se ajustam ainda ao nosso sistema educativo que se podiam aplicar, sem tirar palavra, mas com maiores razões, à situação atual, pouco diferente ainda, sob certos aspectos, da realidade que tínhamos então sob os olhos e nos cumpria examinar.

A variedade de especialistas e de professores, interrogados no inquérito, alguns já entrados em anos, e todos já celebrados pelos seus serviços ou por seu longo tirocínio profissional, mostra à evidência o empenho que nos dominou de dar um caráter imparcial e objetivo a essa larga investigação sobre as instituições escolares. Não era um grupo de renovadores sectários que procuramos ouvir. De todos que foram consultados não havia senão dois ou três tipos de reformadores que tomaram francamente posição em favor de uma nova política nacional de educação. A maior parte deles eram profissionais experimentados. Nenhum, porém, então se debruçou, para contemplá-las enlevado, sobre as instituições escolares, que todos conheciam mais de perto e das quais podiam falar, por sua experiência no magistério, com uma autoridade incontestável. Aliás, quanto às maravilhas de nosso sistema educativo, tão apregoadas por essa época, mostrei de relance, — porque não precisava nem devia ser

A educação pública em São Paulo - Página 26 - Thumb Visualização
Formato
Texto