A educação pública em São Paulo

Enquanto não nos persuadirmos dessa verdade, ficará a nossa evolução, como a dos povos que a não conhecem ou a esqueceram, "entregue ao acaso das circunstâncias e exposta às experiências aventureiras dos administradores e dos políticos". Os primeiros (tomemos as palavras de Poinsard, para não sermos taxados de parcialidade) "têm naturalmente uma tendência ao paternalismo burocrático que tem como resultado diminuir ainda o valor próprio e a atividade pessoal do particular. Os segundos são, não menos naturalmente, inclinados a cortejar uma multidão pelas promessas e pelos favores, igualmente desmoralizadores, e a sacrificar a fortuna pública a seus interesses eleitorais. É pois evidente que uma nação não pode contar, para assegurar o seu futuro, nem com a tutela das repartições, qualquer que seja o valor individual dos funcionários, nem com as combinações legislativas dos políticos que são as mais das vezes inspiradas pelas preocupações mais estranhas ao interesse público ou carregadas dos erros mais grosseiros".

Ora, para conseguirmos um aparelhamento de ensino e educação, de uma precisão rigorosa nas suas engrenagens e de uma perfeita eficiência na realização de objetivos assentados, os governos não somente terão de reduzir ao mínimo a interferência política nos departamentos técnicos, como deverão procurar, fomentando-a por todas as vias, a colaboração imprescindível das iniciativas particulares.

Pela convicção em que estamos de que questões dessa natureza só ganharão em ser debatidas livremente

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