Alexandre Rodrigues Ferreira. Vida e obra do grande naturalista brasileiro

Juízo da Posteridade

À míngua de provas do seu justo valor, pois que os escritos que deveriam servir-lhe de credenciais, jaziam aferrolhados nas gavetas arquivadoras, privados da luz da publicidade, entraram os doutos a discutir a nomeada do mal-afortunado naturalista, cuja vida se pontilhara de modelares atos de renúncia e alto sentimento do dever a cumprir.

Primeira voz a pronunciar-se, Manoel José Maria da Costa e Sá ainda lhe era contemporâneo e consócio na Academia Real das Ciências de Lisboa, onde lhe proferiu o panegírico, impresso no tomo IV das respectivas Memorias.

Em sua alocução, transbordante de admiração e simpatia pelo inditoso naturalista, foram abeberar-se todos quantos depois versaram o mesmo assunto.(127) Nota do Autor

Pela amostra que veio a lume, aos fragmentos, avaliaram o acervo desconhecido, que não foi ainda considerado em conjunto.

Sylvio Romero, que lhe lavrou a condenação, para expulsá-lo da história da literatura brasileira, embora reconhecesse a injustiça dos fatores que o mantiveram inédito, e, portanto, incapaz de exercer algum influxo no pensamento nacional, não lhe poupou louvores ao estilo, avaliados pelos excertos que tomou à corografia de Mello Moraes.

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