exemplo, uma amostra do nosso vigor científico em fins do século passado, mesmo tendo a certeza de que suas ideias são hoje antiquadas."
Sylvio Romero.
"Alexandre Rodrigues Ferreira - Voyageur et naturaliste portugais, surnommé le Humboldt brésilien, né a Bahia en 1756, mort en 1815.
Les nombreux manuscrits composés par Ferreira, sur son voyage dans l'Amazone ont été perdus; on n'a de lui que quelques opuscules."
Notiveau Larousse illustré.
"Que a moléstia era de ordem psíquica, não há dúvida alguma, mas quanto às suas causas eficientes direi que não concordo absolutamente com a opinião dos seus biógrafos. Aquela opinião avilta a estatura moral do homem - ela acha-se em desacordo com a vida anterior do nosso protagonista, seu gênio e caráter, como eles se revelam harmoniosamente por todos os seus escritos e não hesito em chamá-la mesquinha, obesa e totalmente errônea. E agora digam-me, se não havia motivo para A. R. Ferreira cair em "acerba melancolia"?
A intensidade dos seus sofrimentos será perfeitamente compreensível e apreciável para quem tem a mínima experiência literária. Era para mais, e se ele tivesse ficado louco deveras, não seria muito para estranhar.
Ele viu a sua terra dilacerada e ensanguentada por uma guerra sem-fim, o país governado por uma corte fraca, inepta, ignorante, viu chegar sua velhice triste, sem perspectiva de realização dos seus ideais e projetos, com fim odiado de sua existência totalmente manquée."
E Goeldi.
"Ferreira é pela incúria do Governo a que serviu, um grande exemplo de trabalho nulificado. Causa realmente pena a quem folheia os seus manuscritos ver tanto esforço, tanta fadiga, desperdiçados, esterilizados."
Sylvio Romero