Alexandre Rodrigues Ferreira. Vida e obra do grande naturalista brasileiro

"Ferreira foi um homem ignorado do seu tempo, seus escritos não foram lidos. Não se lhe pode, portanto, fazer uma completa reabilitação histórica.

Foi uma vítima do seu meio e hoje é apenas uma curiosidade bibliográfica. Vai nisto imensa injustiça; mas a história não vive só de justiça, gosta muito também da felicidade da força, da vitória. "

Sylvio Romero

"A precedente lista provoca a crítica e censura de um naturalista moderno em mais de um respeito. Há erro e irregularidade provenientes do autor. Se A. R. Ferreira classifica por exemplo o jupará (cercoleptes candivolvulus) entre os macacos noturnos e desconheceu assim um verdadeiro ursídeo, da família dos Carniceiros, ou como o autor os intitula, das Ferae constitui isto simplesmente um lapsus, para o qual não há desculpa. A mesma cousa acontece em relação a Capivara (Hydrochaerus Capibara) que ele coloca entre os Pachydermes, no meio dos porcos, seduzido pela grosseira semelhança exterior deste grande roedor, que ele devia ter posto entre os seis Glires."

E.Goeldi

"Guardar os manuscritos e não os publicar, seria a continuação de uma injustiça contra A. R. Ferreira, que foi tão bom brasileiro, como português e é ainda por cima uma vergonhosa falta de lealdade."

E. Goeldi

"Quer me parecer que hoje a Amazônia é o legítimo herdeiro dele e tomando sobre si o assunto, honraria não somente a si mesma, como prestaria uma homenagem póstuma a um vulto, que incontestavelmente a merece, como o primeiro naturalista, que no século passado aí se deteve durante nove anos, que seriamente trabalhou e finalmente desgostoso morreu, sem ter alcançado a realização do seu maior desejo - a publicação dos seus resultados. "

E. Goeldi., Pará 5 de maio 1895.

Alexandre Rodrigues Ferreira. Vida e obra do grande naturalista brasileiro  - Página 246 - Thumb Visualização
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