Rumos e Perspectivas

não se viu, puxou a horas dadas uma grossa coberta de sombras e atabafou o astro, que já se avizinhava do retículo, desapontando os observadores atentos e tresnoitados. Recolhemo-nos então, avalie-se com que humor, sob o toldo de palha das barracas. A buscar o sono, prolongamos o serão.

Esgotados os assuntos invariáveis, rebentaram as blasfêmias e os escarmentos fatais, no desconforto e isolamento da missão, que não conseguira calejar as fibras sensíveis dos seus serventuários.

Morria no ar o conceito, que ferreteava o páramo que topografávamos, quando se ouviu um outro, murmurado da rede ao nosso lado: 'Terra que nem tem história!' Proferira-o um auxiliar dos trabalhos, resumindo os males e as queixas, vociferando a derradeira sentença epigráfica do solo inçado de espinhos e de formigas, sobre o qual pisava, revoltado, medindo ângulos, esticando e encolhendo a trena aborrecida.

Nunca tive uma sensação de vácuo, como a dessa noite, atirado nas terras diluviosas do extremo Norte, vendo-me adormecer embutido na treva e num bosque fechado, ao receber tal frase de rancor e negação. Sem que lhe pesasse a injustiça, sem que lhe avaliasse a falsidade,