Rumos e Perspectivas

recebia-a num calefrio, como o eco de esmagadora niilidade, que nos fosse envolver para sempre na situação já de si propícia a tais impressões, a de quem vai dormir ao vozear dos bugios, mergulhado na mataria espessa de um sertão.

'Terra que nem tem história!' O Amatari fica em uma orla extrema da Mundurucania: extenso campo de paz agrícola e piscatória e ao mesmo tempo um plaino histórico de armas dessa raça de Muras, que veem seus filhos arpoando nos lagos dos arredores, em troca da cachaça com que os inconscientes devotos desse líquido saúdam o extermínio de si mesmos.

Provavelmente, pelos restos do vasilhame de barro e utensílios de pedra que resistiam à fincagem das estacas da demarcação, e os quais se encontravam metidos na terra negra de detritos orgânicos, que mancham felizmente o solo argiloso da região, data de séculos a ocupação do Amatari pelas tribos, cujos descendentes teriam visto passar as pirogas de Orellana e as do capitão Pedro Teixeira...

A proximidade dos lagos do Autaz, em face, fartos de pescado, e a situação de insubmersível às maiores alagações do dilúvio anual amazônico, assinalaram evidentemente enormes vantagens para o estabelecimento inicial da