locais são os mais responsáveis pelas minas de todo interior. Muitas vezes, se deixam construir é para impor e rapinar, se consentem passar é para acorrentar mais adiante. Incapazes de independência, quase todos sem a noção honrosa e completa do poder que exercitam, sem aquilatar dos males que podem produzir e do bem que as suas influências conseguiriam catar, sem o conhecimento dos problemas mais capitais de uma civilização, que pelas dificuldades de estabelecimento só poderá subsistir no regime de garantias facultadas na liberdade e na lei, eles constituem a quadrilha dos estranguladores, operando o vazio nos cofres municipais, enquanto vão atiçando a discórdia no assalto às urnas e no garrote às goelas dos concidadãos... Têm por isso mais poder ofensivo e despovoador que o paludismo e a leishmaniose. Nas suas mãos de Procusto se esquarteja o cacaualista ou o seringueiro, o pobre do juiz se estorce entre o ceder e o romper. E nestas condições se abala a cúpula forte, que poderia abrigar a todos, no solo móvel das vasantes de moralidade e das terras caídas do caráter. Os potentados suicidam-se ou engordam no igapó, arrastando o futuro dos filhos ou compatriotas na intolerância que agride e subverte, cultivando todos os abusos