e Itapicurú e outros o dispensaram de colaborar na bacia de 362 quilômetros quadrados do Parnaíba, para a qual é tão avara de afluentes, a rede numerosa de pequenos cursos-d'água assenta no solo impenetrável de lajes cristalinas ou de esponja calcárea, por suas rachas ou bolsas de evasão, de modo a ser e não ser, vivendo todos na situação precária, que vai do gorgolar das enxurradas à estagnação das ipueiras e das poças estranguladas nos areiais e pedregais quartzosos dos seus leitos.
A hidrografia da região nortista é, pode-se dizer, desenhada às pressas pelo inverno. Nos velhos sulcos do solo poeirento e pedracento a chuva escreve, de dezembro a junho ou de janeiro a maio, o capítulo risonho da fartura, dando-lhe a linfa da vida às veias contractas e esclerosadas. Do Poti ao Acaraú, do Balsas ao Gurgueia, do Jaguaribe ao Mossoró, do Trairi ao Piranhas, do Paraíba ao Cotinguiba e ao Vasa-Barris, o que impera é a fisionomia singular do mais terrível, mais vasto e mais complexo fenomeno físico da nossa terra.
O chão vulgarmente constituído por placas de xistos, lascas de quartzo e afloramentos de granito ou calcário, dentro de suas próprias decomposições, é um filtro grosso ou