Rumos e Perspectivas

o clima é de benignidade extrema, abrindo-se-lhe uma exceção para o arranjo topológico, que lhe quebra a regularidade hipsométrica e sanitária do maciço, nos vãos do São Francisco, rio Doce e Paranaíba.

Mato Grosso, na parte mais habitada e trafegada, é uma parte da canhada brejosa, que sulca e define o alto Paraguai, encaixilhado entre as acentuadas contraescarpas das chapadas goianas e das terras montuosas da Bolívia. O clima de Mato Grosso, em parte, é o de corredor atoladiço, melhorado evidentemente para leste, quando a princípio o solo se eleva do Pantanal, que a mil e tantos quilômetros do Atlântico está quase rés-vés com o mar, chegando às altitudes de 500 a mil metros dos planaltos relevados nestas cotas, antes de passada a bacia pouco profunda do alto Araguaia.

Em Goiás, a disposição topográfica em chapadas, com o rasgão ao norte dos vales do Araguaia e Tocantins e o do Paraná ao sul, é o anfiteatro por onde marcham e se encontram as vagas de calor e umidade e também de frio, respectivamente centrífugas dos igapós do Pará ou da depressão platina. Porto Nacional e Palma, por exemplo, sofrem do calor amazônico, da chapada do Cavalcanti a Corumbaíba corre a tira de frio que, aproveitando-se