A vida urbana chocada no oficialismo das cômodas funções administrativas e no simples toma lá, dá cá de um comércio desconfiado e ratinhão, a vida agrícola, feudatária, disseminada no ínvio das chapadas e vertentes longínquas, fartura geral das terras, a facilidade do elemento servil e a nenhuma ambição de ignorantes ou de isolados, trouxeram à família brasileira qualidades e vícios de cujos sulcos ainda não pudemos nos afastar.

Então, como hoje, a imprevidência agravava situações e dava quando menos a tensão do alarma em que viviam os chefes ameaçados de se lhes crescer a carga e minguar os recursos, na diuturna e heroica sustentação dos seus. As mucamas inutilizavam as mãos das burguesas ou das senhoras da alta roda, a não ser para a música, o lundu ou o miudinho. A brasileira era geralmente gorda. Não apanhava sol e nada fazia nas estufas do gineceu nacional. A mais pobre e diligente sacudia os bilros no pique da renda ou se arrastava à cacimba buscar um pouco de água para o pote. A da classe elevada ou média dispunha da escrava para a ablução dos pés e arrumar o coque, outra para costurar a roupa, outra para os doces, a cozinha e a farinhada, e o ideal da educação e do bem-estar era o automatismo da caseira entre um milhar