Rumos e Perspectivas

de Renan ou de outro grande compatriota virtual; e é a minha consolação. Adeus. Felicidades!"

Esta última palavra abotoa tragicamente os períodos de amargura, com o lanceio de sete espadas no peito inerme de um mártir. Isola-se o substantivo em interjeição de grito. "Felicidades!" Clama por elas, evidentemente designando a miragem que ele próprio persegue. Apela para o bando, para que ao menos uma venha lhe cair aos pés. Não é o namorado tolo e vulgar da fortuna, seria o sedento das compensações que deveria o justo merecer na vida. Assim aparece a palavra do desejo atroz, pelo direito da consciência pura, serenada e profunda, demandando o oásis às jornadas de sol e de cansaço...

A 20 de setembro de 1908, Euclides da Cunha expressa-se desta forma: "De mim nada tenho que dizer. Há uma pasmaceira trágica neste país que esperneia galvanizado na praia Vermelha e morre à fome nos sertões. De sorte que vivo mais ai do que aqui — fugindo, através dos livros, para o seio de outras gentes."

Continua a maré do nojo enchendo-lhe o coração de desdéns. Exila-se na leitura, rompe pelo matagal do pensamento humano a pobre