nas indústrias com operariado misto. Na organização e nos processos de trabalho agrícola das colônias teutas existem, lado a lado, processos altamente racionalizados e outros não racionais trazidos da Europa ou aceitos dos sertanejos nativos. A derrubada e a queima do mato, o esgotamento das terras e o nomadismo são fenômenos comuns entre os colonos cujos antepassados se transplantaram para o Brasil em épocas anteriores à racionalização da agricultura. A família teuto-brasileira é, antes de tudo, unidade de trabalho e produção. Não existe um proletariado rural e a pequena propriedade predomina. Mas os núcleos familiais tornam-se, assim, de penetração difícil. Embora haja influências recíprocas entre as diversas etnias, determinados impedimentos axiológicos fazem com que se encontrem os processos de trabalho mais divergentes entre grupos vizinhos e de origem étnica diferente.
As influências da religião sobre a assimilação são manifestas. Os teuto-brasileiros evangélicos sempre formaram comunidades relativamente impermeáveis, pela fusão das ideias religiosas e étnicas. Dentro das comunidades evangélicas destaca-se o núcleo paroquial, formado de ministros e professores com suas famílias, considerados emissários oficiais das igrejas evangélicas da Alemanha. Se o clero protestante exerce ou exercia influências destinadas a conservar o germanismo, o papel do clero católico é nitidamente nacionalizante. Casos discordantes se explicam unicamente pela preocupação de conservar a religiosidade dos colonos teuto-brasileiros,