História do pensamento econômico no Brasil

elaborou vários planos de enorme significação para a constituição da PETROBRÁS, para o carvâo nacional e eletrificação. Criou ainda a Comissão Nacional de Desenvolvimento Industrial, do qual se originou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA) que foi o responsável pela implantação da indústria automobilística entre nós. Em 1952 fundaram-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e o Banco do Nordeste Brasileiro (BNB). Em 1954 inaugurou-se a Cia. Hidrelétrica do São Francisco e o segundo alto-forno de Volta Redonda. Em 1953 foi alterada a lei sobre a entrada de capitais estrangeiros no país. Foi nessa segunda gestão presidencial de Getúlio Vargas que se concluíram os trabalhos da Comissão Mista Brasil-EUA, mais conhecida por Missão Abbink. O segundo quinquênio de 1950 decorre, todo ele, sob o signo do Programa de Metas, do governo Juscelino Kubitschek, que, além da energia elétrica e dos transportes, deu notável impulso à indústria de base: petróleo, siderurgia, cimento, autoveículos etc...

Foi toda uma mudança do mais alto significado que se operou entre nós, de forma acelerada, provocando mutações profundas e rápidas, como nunca se conhecera antes.

Esse verdadeiro impacto de desenvolvimento não podia deixar de repercutir no pensamento econômico nacional, suscitando debates acalorados e extensos, que se consubstanciaram na controvérsia de imensa significação entre monetaristas e estruturalistas, hoje em parte já superada.

Eram assuntos novos que emergiam em decorrência da velocidade do processo de industrialização que sofríamos, e neles transparecia um ardente desejo de encontrar os mais apropriados métodos e meios para a expansão que se verificava, empolgando a todos, e estendendo-se igualmente por outras nações, recém-libertas do imperialismo, e que passaram a ser denominadas de subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.

O estudo e a difusão das doutrinas econômicas, em constante transformação, desenvolviam-se e eram testadas na prática, adquirindo novo vigor e dando outros matizes ao pensamento econômico nacional em formação. O Brasil aprendia a pensar economicamente em função dos problemas da época que atravessava, do papel que principiava a desempenhar no concerto das nações. Começava a andar com seus próprios pés no terreno movediço da economia.

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