Temos decaído desde que a indústria do ouro desapareceu.
A situação de Goiás era bem escolhida quando a província era aurífera; hoje, porém, que está demonstrado que a criação do gado e a agricultura valem mais do que quanta mina de ouro há pela província, continuar a capital aqui é condenar-nos a morrer de inanição, assim como morreu a indústria que indicou a escolha deste lugar.
As povoações do Brasil foram formadas a esmo: a economia política era uma ciência desconhecida, de modo que o governo, ainda que quisesse, não poderia dirigir com acerto essas escolhas; hoje, porém, assim não é. Uma população de cinco mil homens, colocada em um lugar desfavorável, não pode nada mais produzir do que o necessário para sua nutrição; colocada em lugar favorável, pode dar rendimento equivalente a um conto de réis por pessoa, ao ano.
Temos o exemplo mesmo no Brasil; entre outros, citarei o da colônia São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Quanto a mim, entendo que, na escolha do lugar para uma capital, deve-se atender a diversas condições, que capitulo pela seguinte forma:
Condições higiênicas;
Condições comerciais;
Condições administrativas.
Entre as primeiras, deve-se exigir, tanto quanto for possível, uma situação seca, elevada, batida de ventos, extremo de focos deletérios, abastecida de boa água.
Entre as segundas, compreendo não só aqueles objetos que dizem respeito propriamente ao comércio, como todos aqueles que facilitam a habitação e povoação cômoda e barata no lugar.
Apontarei, como exemplo, a facilidade de relações desse ponto com todos os outros, quer produtores, quer