As elites de cor: um estudo de ascensão social

cerimônias religiosas, desfiles militares e cívicos, reuniões escolares, sessões de academias e associações científicas, bailes em clubes sociais e recreativos, festas de família, partidas esportivas; por meio de visitas a repartições burocráticas, a lojas e escritórios comerciais, a escolas, a clubes e outros locais de trabalho e recreação; pelo exame de retratos de pessoas registradas no Gabinete de Identificação da Polícia civil estadual, de estudantes graduados, em diversos anos, pelas Faculdades de que se compõe a Universidade da Bahia e pelas escolas secundárias, de membros de irmandades religiosas, de sócios e de famílias de sócios de clubes recreativos e sociais, de profissionais inscritos nas organizações oficiais que controlam o exercício das profissões liberais. Quando não se dispunha senão de listas de nomes, como ocorreu com alguns grupos, as classificações foram feitas por pessoas que, por sua participação em cada grupo e por seu espírito observador, mostraram conhecer muitos dos indivíduos constantes das referidas listas; estas classificações foram feitas sempre por três ou quatro pessoas diferentes e discutidas com as mesmas. Além desses inquéritos e da seleção de dados existentes em estudos sociais, históricos, etnográficos e demográficos anteriores, foram entrevistados 56 pretos e mestiços de uma lista de 128 nomes, a qual incluía a maioria das pessoas de cor mais altamente situadas, social e profissionalmente, na sociedade baiana. Das 48 pessoas relacionadas, com as quais eu já mantinha relações mais ou menos próximas, entrevistei pessoalmente 25, escolhendo

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