uma das ilhas demográficas e culturais do que se tem chamado o "arquipélago brasileiro". Por causa do seu tipo arquitetônico e urbanístico, do seu ar de antiguidade e do ritmo moderado de existência da sua população, a Bahia é hoje considerada a cidade mais europeia do Brasil. O que, além disso, a torna particularmente interessante é o fato de que foi sempre um crisol de raças, certamente o mais representativo e simbólico das relações raciais no país.
Para compreender uma descrição da população local ou para interpretar uma estatística demográfica baiana, antiga ou moderna, é necessário conhecer muito bem o significado dos termos com que se designam os variados tipos físicos reunidos nesse grande melting pot. As expressões mais usadas para isso são: branco, preto, mulato, pardo, moreno e caboclo. Aparentemente esses vocábulos descrevem tipos físicos determinados; na verdade o sentido dos mesmos é socialmente condicionado, muito embora basicamente relacionado com os traços raciais, especialmente a cor da pele, o cabelo e as formas faciais.
Brancos são, de modo geral, os indivíduos de fenótipo caucasoide; as pessoas mais alvas, de olhos claros, de cabelos igualmente claros e finos são, muitas vezes, chamadas de brancos finos por não apresentarem indícios de mistura com tipos de cor. Podem ser chamados de brancos também os ricos ou pessoas de status elevado seja qual for o seu aspecto: quem ouvisse uma pessoa humilde qualquer, uma empregada doméstica ou um trabalhador rural, branco ou preto, referir-se a