Nasce, assim, abrangendo a zona cacaueira e às suas custas, isto é, às custas das suas necessidades e dos seus capitais, uma verdadeira região, a região cacaueira, cujos limites não são muito definidos, nem definitivos, mas cuja realidade se constata não apenas pelas linhas de transporte que se estabelecem, cada vez mais densas e profundas, mas pelas trocas comerciais e de toda natureza, cada dia mais intensas.
A região cacaueira, segundo também nota, em recente trabalho, Carlos de Castro Botelho, está formada por três faixas paralelas, três verdadeiras zonas, cujas atividades econômicas se associam, muito estreitamente, às condições locais de solo e clima.
A faixa litorânea é o domínio da atividade extrativa vegetal (coco, piaçava, dendê). Segue-se-lhe a faixa cacaueira, de largura variável, mais dilatada em Ilhéus e Itabuna, (que é a área onde ela mais se aproxima do litoral) e estrangulada em Ipiaú. Por último vem a faixa policultora e de criação. Entre a zona propriamente cacauicultora e a zona propriamente de pecuária está, bem nítida, uma área de transição, onde, nas propriedades agrícolas se justapõem ambos os gêneros de vida.
Do ponto de vista da geografia urbana essa zona de passagem sofre, de um lado, as influências recíprocas de Jequié e do conjunto Ilhéus-Itabuna e, de outro lado, as desse conjunto e as da cidade de Conquista. A cota dos 300 metros é uma espécie de limite natural entre a zona cacaueira e a de pecuária.