Zona do cacau: introdução ao estudo geográfico

III - A CULTURA DO CACAU

1) OS PROCESSOS CULTURAIS

Uma das práticas mais comuns antes de ser plantado o cacau é a derruba, queima e limpa das matas. As árvores derrubadas podem, também, não ser queimadas, ficando a apodrecer sobre o terreno. Assim se consegue uma adubação comumente chamada de física. Mas pode-se também recorrer depois à adubação química, aliás pouco utilizada na zona, para a qual se faz uma valeta a um metro do pé de cacau, nela depositando o fertilizante indicado.

Após a limpeza do terreno, cavam-se buracos com mais ou menos cinco centímetros de profundidade e colocam-se dentro deles duas ou três sementes, (assim se uma não "pegar", há esperanças de que as outras germinem).

A distância que deve ser mantida entre um pé e outro é de 15 palmos, sejam 450 pés em cada tarefa, regra a cuja obediência todos os lavradores mais ou menos se curvam. A semeação é feita, de preferência, entre maio e junho, no período da lua nova. Dizem alguns cacauicultores de que o plantio feito na lua minguante faz também o produto minguar, o que revela a boa parte de empirismo que ainda domina essa cultura.

A enxada e a picareta são instrumentos indispensáveis a esse trabalho. Há também plantações feitas pelo macaco noturno de nome Jurupará, que se incumbe de

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