Correspondência entre D.Pedro II e o Barão do Rio Branco

As nossas campanhas só ele as sabia de cor, página por página, quase nome por nome. Não houve um voluntário da pátria que não devesse a ele exclusivamente o cumprimento da promessa nacional feita durante a guerra. Não houve um oficial de mérito, de terra ou de mar, que não lhe devesse o paládio misterioso que protegeu a sua carreira.

O seu apego ao território e ao prestígio do Brasil fê-lo passar por vezes no Rio da Prata como um vizinho incerto, mas não houve mais sincero amigo da paz.

Ele foi "o mais tenaz, o mais dedicado e talvez o mais prudente dos campeões da desafronta nacional", disse o sr. Saraiva, e o mesmo estadista acrescentou, explicando as guerras libertadoras do reinado:

"Fizemos, defendendo os nossos direitos, a liberdade no exterior; Monte-Caseros, Paysandú a Aquidabã exprimem três tiranias baqueadas".

O Império deixou terminada a questão dos limites com a República Argentina pelo arbitramento dos Estados-Unidos, a mais democrática e americana de todas soluções possíveis.

Se o Imperador não a resolveu pela partilha, foi pela repugnância que tinha de transigir com território, que sempre teve por tão legitimamente nosso, como Porto Seguro de Cabral ou Rio de Janeiro de Vespúcio.

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