lutara contra a sua candidatura a deputado, em 1868, e que, anos depois, negara a sua designação oficial para secretário da Missão Brasileira ao Prata, chefiada pelo Visconde do Rio-Branco, parecendo nutrir para com Paranhos uma antipatia das mais vivas, havia de ser ele que, por ironia da sorte, deveria confortar Rio-Branco em 1889 e mandar-lhe aquele recado no sentido de que, ao ser proclamada a República, não abandonasse o seu cargo.
De Liverpool, Rio-Branco seguia, angustiado, os acontecimentos que se iam desenvolvendo no Rio de Janeiro. Suas cartas a Joaquim Nabuco, Rodolfo Dantas e Gusmão Lobo provam o quanto ele estava a par de tudo o que por lá ocorria e como já previa uma rápida derrocada do Império. Grande admirador das forças armadas, conforme fica amplamente comprovado para quem quiser estudar a atitude que sempre teve para com elas no decorrer da sua vida, indignava-o profundamente a interferência cada vez maior que as mesmas queriam ter na política interna do país. Escreveria ele ao Conde d'Eu, quatro meses após a instauração do regime republicano: