com a posição tomada pelo Cônsul em Liverpool, isto é, a de não se demitir até aquela data, e as palavras do telegrama do dia 8 de dezembro de 1889 devem ter consolado o Barão daqueles dias ingratos de 1876.
É provável que o teor desse telegrama tenha ainda aumentado mais a amizade, agora acrescentada de gratidão, do Barão para com o Imperador; o gesto imperial era realmente magnânimo e explica os termos ainda mais carinhosos que encontramos nas últimas cartas de Rio-Branco a D. Pedro II.
O Barão não deixa passar uma data, um acontecimento, um episódio referente à atuação do Imperador sem, imediatamente, escrever-lhe, como por exemplo na carta de 22 de julho de 1890, quando se refere ao juízo que, com o decorrer dos anos, sé fará da personalidade e da obra de D. Pedro II:
"Na nossa História, quando a podermos ter livre e imparcial, não haverá nome que possa igualar em grandeza ao do Soberano ilustre que durante quase meio século presidiu aos destinos da Nação Brasileira, dando-lhe, com os maiores exemplos de patriotismo, de desinteresse e de respeito à religião