cansada e arruinada pela inépcia, pela desmoralização e pela politicagem dos chefões republicanos, pudesse alimentar veleidades de restauração monárquica. O exame que Teixeira Mendes esboça no seu trabalho, - "O Império Brasileiro e a República Brasileira perante a Regeneração social"(2) Nota do Autor - é, sob mais de um aspecto, curioso. Por ele podemos verificar, vinte e quatro anos depois da instalação do regime republicano no Brasil, a mesma atitude dos positivistas em face da situação brasileira. Sob mais de um aspecto, os positivistas pareciam compreender, com justeza, a situação histórica nacional, embora a deformassem através da sua perspectiva doutrinária.
Do outro lado do Atlântico, de Montreaux, o ingênuo príncipe, avaliando a situação e o ambiente, talvez, em função daquilo que ele conhecia à sua volta, dizia: "Se, livres de preocupações patrióticas, nos devêssemos contentar com a abolição de um regime detestado, só teríamos que cruzar os braços e esperar. Há, porém, grandes interesses nacionais de ordem moral e econômica que correm risco de serem sacrificados se continuarmos a ficar arredados de toda discussão e intervenção nas coisas públicas. Para que a restauração seja benéfica, para que ela não venha erguer-se sobre ruínas, devemos apressar o seu advento por todos os meios que dispomos. Para realizar quanto antes o nosso ideal, contamos com o valoroso povo brasileiro que, nas crises difíceis que o nosso país já atravessou, sempre soube guardar intactas a integridade e a honra nacionais. Sem dúvida, não