O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

XX

A GRANDE GUERRA E A ATITUDE DOS POSITIVISTAS


A "Guerra Europeia" - como se denominou de início a conflagração que, afinal, acabou dominando o mundo, de 1914 a 1918 - seria para os discípulos brasileiros de Augusto Comte, tão propensos a aceitar o próximo advento da "fraternidade universal", mais uma prova do "atraso da propaganda positivista, principalmente em Paris"...

No opúsculo Pela Humanidade, parte do qual foi publicado primeiramente a 3 de setembro e depois em outubro de 1914, Teixeira Mendes, preso à letra dos ensinamentos de Augusto Comte, sem atender a outros fatores históricos afirmava, convencidamente, que a "presente catástrofe fratricida resulta do atraso da propaganda positivista em Paris"!(1) Nota do Autor

A fim de explicar esse dilaceramento, utiliza Teixeira Mendes, como é seu costume, uma longa série de citações tiradas às obras do mestre a propósito da evolução histórica da civilização do Ocidente.

Remontando à Idade Média, Augusto Comte mostrava que o surto das grandes nacionalidades dera-se a partir do século XVI e que esse acontecimento constituíra uma "anomalia política" de eficácia social,

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