Toda a concepção comteana da história universal é longamente passada em revista por Teixeira Mendes, antes que ele conclua como se deve apreciar exatamente "a natureza e os motivos da atual explosão fratricida"(7). Nota do Autor Sem dar maiores cuidados ao exame da situação real, sem que lhe surgisse no espírito a menor dúvida acerca das afirmações que avançava, inteiramente tranquilo, repousado na verdade de sua doutrina, Teixeira Mendes escrevia: "indicada, assim, a natureza da incomparável catástrofe que o atraso da propaganda positivista, sobretudo em Paris, não permitiu evitar, compreende-se imediatamente qual deve ser ante ela a atitude das nações ocidentais, só materialmente estranhas ao horrível conflito"(8). Nota do Autor Em face da fraternidade universal, a neutralidade seria, para essas nações, uma "sacrílega cumplicidade sob a qual gemerá a Posteridade, como um dos maiores crimes, quando mesmo o presente pudesse iludir o remorso de tamanho egoísmo"(9). Nota do Autor
Mas, se a neutralidade constituía uma "sacrílega cumplicidade", nada justificaria, de outro lado, uma intervenção que viesse agravar, ainda mais, as paixões fratricidas e os seus nefandos resultados. Urge, pois, que os governos das nações ocidentais que não entraram materialmente no conflito, intervenham fraternalmente junto aos seus irmãos em luta, lembrando-lhes que os santíssimos laços que irmanam desde Carlos Magno, há onze séculos, as nações ocidentais tornam injustificável qualquer dilaceramento entre elas"(10). Nota do Autor