A leitura completa de todas as obras de Herbert Spencer, publicadas até então, deram-me há 25 anos, uma concepção clara dos processos lentos da evolução social e moral, isto é, da transformação que se opera nas sociedades e nos costumes individuais. O ensino de Augusto Comte em suas obras monumentais, as mais profundas que tem produzido a inteligência humana, não fez mais do que completar a feição conservadora a que uma sistemática e prolongada meditação de vários anos havia dado ao meu espírito. A impressão que me causou a leitura das obras de Augusto Comte foi tanto mais profunda quanto só a fiz, há cerca de 25 anos, depois de ter meditado atentamente sobre o que havia sido publicado pelos notáveis escritores de Biologia, Sociologia e Moral, na Ordem da complexidade crescente e da generalidade decrescente, que é a da hierarquia das ciências.
Sob a benéfica influência desse ensino, proferi em 1887, na Assembleia Provincial de São Paulo, onde representava desde 1882 o partido republicano, um discurso de despedida que os próprios monarquistas asseguraram ter sido o mais conservador que jamais haviam ouvido.
Foi ainda o ensino sistemático de Comte que me inspirou, com o respeito do passado e de todas as suas instituições, força bastante para praticar há 24 anos atos de moderação política, que ficaram então no silêncio e na sombra, mas que devo consignar aqui, porque foram conhecidos por meus chefes políticos.
Sendo Deputado provincial em companhia de cidadãos conspícuos, dois dos quais foram, alguns anos mais tarde, chefes da Nação, ocupei com timidez e acanhamento, na Comissão Permanente do partido