ordem, concorri com esforço, contra companheiros exaltados, para que se dispersasse multidão em paz e se esperasse da ação espontânea de Dr. Couto de Magalhães, depois do completo conhecimento das ocorrências do Rio, o abandono do seu cargo a seus naturais sucessores, depositários da confiança republicana.
Assim concorri, sempre que pude, para que as transformações sociais fossem lentas e normais, e, quando vencido, me esforcei para que mesmo as manifestações explosivas se realizassem com a menor intensidade possível. Essa conduta sistematicamente conservadora não podia deixar de inspirar confiança aos meus amigos, companheiros e chefes do partido republicano, com os quais havia trabalhado durante muitos anos e em profunda intimidade, como Campos Sales, Prudente de Morais, Francisco Glicério, Morais Barros, Francisco Rangel Pestana, Martinho Prado Filho, Quirino dos Santos, e outros, todos companheiros da Assembleia Provincial ou solidários na luta pela propaganda republicana.
Essa confiança traduziu-se no espontâneo oferecimento da parte do Governo Provisório e por intermédio do meu amigo Sr. Senador Francisco Glicério, de um posto diplomático na América ou na Europa, à minha escolha, entre diversos lugares que ficaram vagos, logo após o dia 15 de novembro de 1889. Com a profunda convicção da minha incompetência, pois que nunca havia exercido função diplomática, recusei designar o lugar em que devia servir e hesitei mesmo em aceitar o menos importante dos que me foram indicados. A minha modéstia foi então altamente recompensada. O Governo Provisório, querendo mostrar