O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

Entre os Embaixadores que me felicitaram então pela vitória da nossa causa, dois (o da Espanha e do Vaticano) asseguravam que ela era bastante brilhante para ilustrar um período diplomático. Foi também por instância verbal minha, no Rio em 1895, que o Sr. Prudente de Morais designou V. Excia. para estudar oficiosamente essa questão, que o seu Ministro, C. de Carvalho, me disse pretender confiar ao ilustrado jurista, Dr. José Higino Duarte Pereira. Creio que não foi pequeno serviço à causa pública ter feito inclinar a balança em favor de quem já possuía preparo sobre a matéria, como atestei então convictamente.

Foi igualmente sob a minha ação aqui que obtivemos a redução do imposto sobre a entrada do café brasileiro em França, durante a presidência do Sr. Campos Sales, que fora meu hóspede em Paris e que tinha por Ministro das Relações Exteriores o Sr. Dr. Olinto de Magalhães, que havia sido 1º Secretário nesta Legação sob a minha direção.

No exercício das minhas funções não procurei só agradar aos Governos, porventura algumas vezes desvairados pela paixão, mas servir a minha pátria, sem receio de qualquer vingança pessoal, pois que pus sempre, acima de tudo, os grandes interesses de meu país e da humanidade. Quando assumi a direção da minha Legação, em 1890, encontrei aqui banidos os Srs. Visconde de Ouro Preto, Silveira Martins e outros, que inspiravam antipatia pessoal a dois, pelo menos, dos mais conspícuos membros do Governo Provisório. Dirigi-me sem hesitação a um dos membros desse Governo, expondo a necessidade de autorizar o regresso ao nosso país desses nossos adversários. O Governo Provisório respondeu generosamente à minha iniciativa revogando o decreto de banimento dos

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