nossos dignos compatriotas, e o telegrama que me transmitia essa agradável notícia era assinado por Cesário Alvim. Honro-me deste ato de espontânea tolerância política, pois não mantinha relações com os distintos brasileiros que dela se beneficiaram.
Quando chegou a Paris a notícia telegráfica do golpe de Estado de 5 de novembro de 1891 dei, em telegrama dirigido ao Ministério das Relações Exteriores, o sentimento da profunda antipatia com que aqui era recebido esse ato de violência.
Mais tarde, durante a revolta da esquadra, em 1893, o Marechal Floriano Peixoto adiou as eleições, o que gerou a convicção de estar ele preparando a ditadura. Sabendo pelo Sr. Casimir Périer, Presidente do Conselho e Ministro de Estrangeiros, que os revoltosos seriam reconhecidos como beligerantes, se houvesse novo adiamento de eleições no Brasil, telegrafei imediatamente essa notícia ao chefe da Nação, e os eleitores foram convocados, designando para a presidência o Sr. Prudente de Morais.
Não procurei saber se o Sr. Marechal Floriano Peixoto ficaria ferido na sua vaidade. Disse-lhe a verdade e ele mostrou-se capaz de pôr os interesses do Brasil acima dos seus sentimentos pessoais.
No dia em que abandono o meu posto, não deixo aqui um inimigo, a não ser algum indivíduo selvagem ou criminoso, cheio de instintos grosseiros. Aos Brasileiros, que não frequento por motivos de escrúpulos políticos, não voto antipatia, antes respeito e consideração. Aos Franceses só consagro estima pela sua polidez, reconhecimento pela sua hospitalidade, admiração pela sua civilização e grande veneração pelo seu patriotismo. Mesmo aqueles com que tive as mais vivas pelejas mereceram minha estima, pois erraram em seus