O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

processos e foram injustos em certos negócios, o que hoje reconhecem, de modo a fazer-lhes honra. Até aqueles a quem a legenda mentirosa quer atribuir palavras odiosas, a mim relativas, deram mais uma vez delicada e generosa demonstração de respeito aos meus sentimentos patrióticos e à firmeza invariável da minha conduta.

A palavra do Sr. Presidente Felix Faure ao Sr. Campos Sales, proferida em minha presença, no Palácio do Eliseu, em 1898: "O Sr. Piza é um homem terrível" não foi um grito de desprezo, nem uma manifestação indignada. Era apenas a expressão sincera do adversário que não podia torcer o soldado obscuro, mas alerta e firme, que se esforçava para não deixar periclitar os interesses do seu país.

Conservo de todas as fases de minha vida aqui boas recordações e sinceras simpatias. Conheço e amo o que há de bom no coração humano para perdoar os erros passageiros do orgulho ou da cegueira, dos quais sem dúvida serei talvez ainda vítima mais de uma vez. Conservo excelentes relações pessoais com as famílias cujos chefes ocuparam e ocupam ainda as primeiras funções na República e com os homens mais eminentes na política por seus talentos e virtudes. Não explorei com egoísmo as amizades ou simples relações sociais. Procurei sempre cultivá-las em benefício do meu país. Esforcei-me por manter os laços intelectuais e morais que unem a França ao Brasil e que nos fazem herdeiros deste país nas letras, nas artes, nas ciências e na filosofia.

Consegui na Conferência Sanitária Internacional de 1905, lançar bases para ser modificada de modo favorável a nosso país, a legislação relativa a medidas de defesa da Europa contra a febre amarela.

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