Aloiá e não para Iansã. É o que se pode constatar da seguinte louvação por nós registrada:
"Aloiá é du au atá
Nu arê, arê, arê.
Ô lindê bosirê (bis)
Ê Aloiá, ê Aloiá ô
I caraô diodá (bis)
Ô birasam baô, Aloiá, ô lusan baô
Xangô ô a lusan baô
Odé ô a lusan baô
I a cararô dio dá, obirim sãn baô".
Nanã é a mais velha das mães d'água. É também chamada de Ananburucu, Nanãburucu ou Nanãbrucu. Jaques Raimundo afirma que a divindade não é iorubana nem daomeana. Diz ele que nem Ellis nem Eduardo Foá fazem referência a essa divindade. Daí concluir pela sua não existência na África. Em Cuba, onde a influência iorubana é extraordinária, Ortiz não descobriu vestígios da divindade. No Brasil, Nina Rodrigues não registra o culto de Nanã. Quem primeiro a ele se refere é Manuel Querino. Depois vêm as referências de Artur Ramos. Acha Jaques Raimundo que o nome veio do adjetivo burucu (mau, perverso), que deriva do iorubá wuruku, que se juntou a Anã, ou Nanã, alterações do português Ana. E isto é confirmado com o sincretismo de Nanãburucu com Sant'Ana.
Realmente, Artur Ramos não diz em que trabalho sobre Iorubá ou Daomé encontrou a forma Nanãburucu, que foi, segundo sua afirmação, transferida através dos iorubanos para o Brasil, embora sua origem fosse daomeana.
A cor simbólica de Nanã é o roxo. Seu dia é a terça-feira. Sua data no calendário religioso é 16 de julho. Seus animais de sacrifício são cabra e galinha.