Sincretismo religioso afro-brasileiro

Ainda preciso deixar aqui registrado o empenho que tomou Waldomiro Gomes, o grande gerente que faz da Editora Nacional um pouco de reunião dos intelectuais do Recife, no sentido de remeter o mais depressa possível os originais, a fim de que a impressão não demorasse.

Também não posso esquecer o auxílio que me tem prestado Bebinho Salgado, essa figura interessante de folclorista, que tem conseguido apresentar aos visitantes curiosos de nossas tradições o que o nosso folclore é, no vivo e no real, sem sofisticações e sem artifícios.

À jovem e inteligente pintora Beatriz, que assistiu comigo a alguns "toques" e nos temas de xangô encontrou motivos de inspiração para a sua arte, o meu agradecimento pelas excelentes estilizações que ilustram este trabalho.

Finalmente, não sei como agradecer à valiosa colaboração que me prestou esse grande e modesto artista que é Gregório Alencar Júnior. Acompanhou-me durante quase todo o tempo de minhas pesquisas, cerca de 24 meses, na intimidade dos xangôs, com uma paciência e uma solicitude inteiramente desinteressada de qualquer compensação pecuniária, com sacrifício de sua comodidade e de muitas noites de sono, o que bem demonstra o amor que tem à arte fotográfica e o gosto que também nele se desenvolveu pelo assunto. A ele devo as muitas fotografias que valorizam este ensaio, exatamente porque traduzem com perfeita fidelidade o que se passa no recesso dos xangôs de Pernambuco.

W. V.

Campo Grande. Rua Marquês de Abrantes, 579. Recife, 1953.

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