de permuta que ela designa. Na tradução de muitas expressões do autor, preferimos uma estrita fidelidade ao original inglês à adaptação que se destinaria a pô-las de acordo com a termologia usual nos estudos brasileiros. Assim, por exemplo, empregamos "aldeamento" em vez de "redução" e "governador real" em vez de "governador geral". E a razão é óbvia. Não nos parece útil estratificar certas expressões que, com o uso excessivo, acabam por perder sua função estimulante na compreensão do leitor, reduzindo-se a mera fórmula que já não dá ao leitor uma ideia viva daquilo que o vocábulo visa exprimir. E também não quisemos tirar ao desenvolvimento impressionantemente lógico do estudo do professor Marchant a estreita relação pela qual ele subordinou suas sucessivas verificações. O governo exercido por um representante direto do rei representa uma transformação radical em face do anterior regime das capitanias hereditárias, transformação que não se exprime com a mesma vivacidade pela expressão consagrada – "governo geral".
Para terminar, desejamos dar público testemunho do apreço com que aqueles que, no Brasil, se interessam pelos estudos sobre a formação nacional, recebem esta contribuição de um norte-americano a quem se pode repetir aquela lisonjeira primeira impressão que dos índios registrou o escrivão Pero Vaz Caminha – e que agora se pode converter num mote para todos nós:
"...amam-se a todos fraternalmente, e com gosto arrojam-se, então, a todo e qualquer risco, por acudir a cada um daqueles com quem vivem".
C. L.