um religioso, é apenas sobre a terra. Frei Vicente do Salvador teve à sua disposição uma surpreendente quantidade de documentos, como acentua Capistrano de Abreu na penetrante análise que fez de suas fontes. Não era um mestre do estilo. Não exercia crítica sobre suas fontes. E as seguiu tão de perto e tão servilmente que, como diz Capistrano, seu livro é apenas coleção de documentos, mais uma coletânea de histórias do Brasil do que uma história do Brasil. Ainda assim, seu livro é notavelmente vivo, apaixonante, senão fabuloso, mais que convincente ou meticuloso. Embora não se possa confiar nele, quanto às afirmações que faz sobre a história dos começos do Brasil, é inapreciável no preservar aquilo que o povo do Brasil setecentista julgou ter acontecido no século anterior.
FONTES
1. Cartas régias, doações, ordens, etc.
Cartas de grandes poderes ao capitão-mor Martim Afonso de Sousa, e a quem ficasse em seu lugar, 20 de novembro de 1530.
Carta de poder para o capitão-mor criar tabeliães e mais oficiais de justiça, 20 de novembro de 1530.
Carta para o capitão dar cartas de sesmarias, 20 de novembro de 1530.
Carta de D. João III a Martim Afonso de Sousa, 28 de setembro de 1532.
Carta de doação de João Vegado, 1462.
Carta de doação de Fernão Teles, 28 de janeiro de 1474.
Carta de doação de Martim Afonso de Sousa, sem data.
Carta de doação de Duarte Coelho, 10 de março de 1534.
Carta de doação de Pero do Campo Tourinho, 27 de maio de 1534.
Carta de doação de Vasco Fernandes Coutinho, 1 de junho de 1534.