"Eu estou triste! Quando você partir, ninguém irá comigo ao arroio, para tomar banho. Quando alguém trouxer o chibé, ficarei triste por tomá-lo sozinho, pensando como o fazíamos juntos. Não haverá ninguém com quem conversar, cantar..."
Mergulhou o dedo na bebida, mexeu-a delicadamente, ergueu o porongo e bebeu. E, estendendo a mão, disse simplesmente:
"Fumo".
Mas meu fumo estava quase todo acabado. Disse-lhe isso. Sentou-se pensativo por meia hora; levantando-se, pôs, às costas, pequeno saco de vime e disse-me que ia partir para o rio Parua, a uma semana de caminhada, a fim de ver mulheres lá. Olhou-me inexpressivamente, permanecendo desajeitado sobre um pé:
"Saé" - disse-lhe eu - "se fores ao Parua, nunca mais nos veremos de novo".
Sorriu ele acanhado, tirou a sacola e procurou minha boceta de tabaco, no bolso da camisa.
Estendemo-nos nas redes e Antônio-hu perguntou a Chico, exaustivamente, por seus parentes, um a um, até que Chico mencionou o nome de uma sobrinha que vivia em Canindé.
"Eu suruquei com ela!" - gritou Antônio-hu surpreendido.
"Pague-me então uma flecha imediatamente!" falou Chico rispidamente.
"Não, não, foi há muito tempo! Na verdade, tentara copular, novamente; ela, porém, estava grávida e não quis. 'Vá embora' - disse-me - 'não vê minha barriga?' "
"É mau surucar uma mulher quando ela está de barriga" - disse Antônio-hu - "se o filho não é nosso.