O Marquês de Pombal e o Brasil

e documentos assim o provam; enquanto que Martinho de Melo e Castro, talvez por inveja ou reação contra Pombal, no fundo sempre o sentimos reservado para com a nossa terra e para com a nossa gente.

Antes de D. Luís de Almeida Soares Portugal Alarcão Silva Mascarenhas, 4º Conde de Avintes e 2º Marquês do Lavradio vir ser no Rio de Janeiro, por alvará de 4 de abril de 1769, Vice-Rei e Capitão-General de Mar e Terra do Estado do Brasil, era Governador e Capitão-General da Capitania da Bahia.

Na Bahia tomou posse a 19 de abril de 1768. Aí, um dos seus principais atos, foi o da introdução do regime contábil de escrituração do Erário Régio, criado pelas cartas de lei de 22 de dezembro de 1761, ainda não introduzido no Brasil, apesar de vigorar em Portugal, com pleno êxito, desde o ano de sua criação.

O acerto com que ali se conduziu, levou-o ao Vice-Reinado e a esse período poderíamos chamar de fase final, preparatória do movimento de reação estabelecido pelo Gabinete Pombal contra a ação dos castelhanos na América do Sul, iniciado no ano de 1763.

Com a vinda de Lavradio para o Rio de Janeiro, todo esse movimento passou a se concentrar em suas mãos, e é a partir daí – ano de 1769 – que a publicação das Instruções do Conde de Oeiras se tornam de importância para o leitor e para a nossa história.

Assim começam: "O maior e o mais importante interesse que hoje tem a Coroa de Portugal, é o da segurança e conservação da Praça do Rio de Janeiro em um estado respeitável, que cubra e proteja aquela capitania, etc...."

Aqui e sempre, o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, foi para Pombal objeto dos maiores cuidados e atenções.

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